Herança da pandemia, a modalidade de trabalho em casa – o chamado home office – se consolidou. De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), atualmente 33% das empresas permanece com o trabalho remoto e 34% dos trabalhadores prestam serviço de forma remota ou híbrida (semipresencial), na qual não vão ao escritório todos os dias.
Esta modalidade de trabalho foi tão bem-sucedida que outras pesquisas apontam que muitas pessoas aceitariam apenas em último caso uma proposta de emprego que não oferecesse a possibilidade de trabalhar de forma parcialmente remota, tendo em vista o argumento de que este modelo proporciona economia no tempo de deslocamento e aumento na produtividade.
Mas há um outro problema: levantamentos também apontam que grande parte dos trabalhadores sentem muitas dores musculares, estando os ombros e cotovelos entre as principais queixas. No auge da pandemia, em 2021, uma pesquisa realizada no Reino Unido mostrou que 80% das pessoas que trabalham em casa sentiram alguma dor muscular.
O Dr. Gustavo Barboza, Ortopedista Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Hospital Albert Einstein Goiânia e Membro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC) explica que "isso acontece principalmente por erros de posicionamento" e está relacionado "à posição de maneira inadequada, deixando o ombro de maneira pendurada ou mesmo em posições erradas, seja ela no sofá, deitado na cama ou mesmo em cadeiras não propícias para o desenvolvimento dessa tarefa a ser feita em casa".
O especialista aconselha o uso de cadeiras confortáveis, com apoio nas laterais, além de uma posição adequada de trabalho, em que possa ser possível deixar os cotovelos dobrados próximos a 90 graus, evitando, por exemplo, ficar deitado na cama enquanto usa o computador, "lembrando que a tela não pode ficar abaixo do nível da visão e deve ficar em linha reta para evitar movimentos ou contraturas musculares ao nível da coluna cervical".
Por fim, o Dr. Gustavo Barboza relembra: "lembre de fazer pausas a cada uma hora para fazer alongamentos e, se não for possível parar o trabalho, tentar fazer uma alternância nos tipos de movimento".
A Central de Notícias da Rádio CIVICA BRASILEIRA é uma iniciativa do Projeto A História dos Blocos Carnavalescos. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.
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