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Famílias paulistanas iniciam 2025 com dívidas elevadas

Consumo de final de ano pressiona orçamentos domésticos na capital paulista.

Por Gabriel Nassif


O início de 2025 trouxe um alerta para as famílias paulistanas, que enfrentam altos níveis de endividamento decorrentes do consumo intenso durante as festividades de final de ano. O gasto com presentes, celebrações e viagens levou muitas famílias a recorrerem ao crédito, gerando compromissos financeiros que agora desafiam os orçamentos domésticos.

De acordo com Eduarda Nassif, a pressão do período festivo foi significativa. "Comprei brinquedos para os meus filhos, fizemos uma ceia simples, mas acabei parcelando tudo no cartão. Agora, o mês de janeiro está apertado", relata.

Essa realidade reflete uma tendência apontada pela Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP), que revelou que 71,3% das famílias na capital estavam endividadas em novembro de 2021. Embora esses números sejam antigos, especialistas indicam que o padrão de consumo mantém níveis de endividamento elevados.

Eduarda comenta que os impactos do endividamento não são exclusivos de grandes compras. "As pessoas gastam mais com pequenos luxos, como sair para comer ou comprar roupas novas. É um gasto que parece pequeno, mas soma no final do mês", explica.

Além disso, a inadimplência é uma preocupação crescente. Em 2022, aproximadamente 805 mil famílias na cidade de São Paulo estavam com dívidas em atraso, o que compromete receitas futuras.

Na Zona Norte, o cenário reflete a tendência geral da capital. Embora não existam dados específicos por região, muitas famílias enfrentam desafios no planejamento financeiro, agravados pelas despesas sazonais. "Ficamos tentados a gastar para oferecer algo especial, mas o preço disso vem logo depois", diz Eduarda, reforçando a necessidade de mais educação financeira.

Para alguns especialistas em economia, eles recomendam cautela neste início de ano e alertam para a importância de reorganizar as finanças e evitar novas dívidas. "Priorizar o pagamento das contas existentes, negociar prazos e repensar hábitos de consumo são as principais dicas para evitar gastos exagerados.

O consumo desenfreado de final de ano, aliado à facilidade de crédito, continua impactando a saúde financeira das famílias paulistanas. A situação exige atenção e

medidas práticas para evitar um efeito cascata que prejudique ainda mais a economia doméstica nos próximos meses.




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