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Combate ao trabalho análogo à escravidão: avanços e desafios

  • forumfdc
  • Feb 7
  • 2 min read

Em 2024, o Brasil completou 30 anos do reconhecimento oficial do trabalho análogo à escravidão, mas, infelizmente, ainda enfrenta desafios significativos no combate a essa grave violação dos direitos humanos. No ano passado, o Ministério do Trabalho resgatou 2.004 trabalhadores em mais de mil operações, uma ação que demonstra o quanto essa prática ainda persiste no país.

Desde 1995, quando foi criado o sistema de resgates, mais de 65 mil pessoas foram retiradas de condições degradantes de trabalho, onde a exploração e a falta de dignidade são predominantes. Em 2024, os estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia lideraram o número de trabalhadores resgatados, com 500, 467 e 198, respectivamente.

Uma tendência preocupante, observada nas últimas operações, é o crescente número de resgates em áreas urbanas, que já representa 30% do total de casos identificados. Isso inclui a liberação de 19 trabalhadoras domésticas, um indicativo de que o problema não está restrito ao campo, como muitas vezes se pensa.

O setor da construção civil continua a ser o mais impactado, com 293 trabalhadores resgatados em 2024. Outros setores como o cultivo de café (214 resgates) e a colheita de cebola (194 resgates) também são áreas de grande incidência de trabalho análogo à escravidão.

O Ministério do Trabalho reitera que qualquer pessoa pode denunciar casos de trabalho escravo pelo Disque 100 ou pelo site gov.br/trabalho. O governo federal tem adotado uma postura firme de "tolerância zero" em relação a essas práticas, conforme destacou o ministro Luiz Marinho:"Como tem dito o presidente Lula: trabalho degradante, trabalho precarizado, trabalho análogo à escravidão, para nós é tolerância zero. Nosso compromisso é sempre combater toda a precariedade, contra o ser humano, em especial na relação do trabalho. É a exploração da mão de obra infantil, é combater o trabalho escravo, em todo o território nacional não descansaremos enquanto a gente não virar a página e dizer que o trabalho escravo não é mais realidade no Brasil."

Esse compromisso do governo é um sinal claro de que as autoridades não descansarão até erradicar essa prática desumana em todo o país. É fundamental que todos os cidadãos se mantenham atentos e denunciem qualquer forma de exploração, garantindo que o Brasil possa, finalmente, virar a página do trabalho análogo à escravidão.

A luta é contínua, e a erradicação do trabalho escravo depende da colaboração de todos. Denuncie!



A Central de Notícias da Rádio Casa Verde para a vida é uma iniciativa do Projeto “Orlando Villas Boas-um sertanista brasileiro”. Este projeto foi realizado com o apoio da 8ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora

 
 
 

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