O Brasil teve mais uma situação traumática envolvendo uma instituição de ensino: a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, Santa Catarina, sofreu um ataque que tirou a vida de quatro crianças. Isso aconteceu uma semana depois de outro ataque a uma escola estadual em São Paulo, que também deixou mortos e feridos.
Infelizmente, não se tratam de casos isolados: Desde 2002, já foram pelo menos 22 ataques contra escolas no País, segundo levantamento da Unicamp. Para Hamilton Harley, coordenador da Executiva de Educação em Direitos Humanos do Instituto Vladimir Herzog, é necessário construir uma política nacional de combate a ataques contra escolas.
“Esses ataques têm características que são comuns. Todos foram premeditados. Eles não foram ocasionados por um possível conflito, foram premeditados e realizados por alunos e ex-alunos. Quase todos os criminosos são homens brancos, alinhados ao discurso de ódio, misógino e racistas. E nesses casos podemos imprimir a ideia da existência de uma supremacia branca e masculina. Quase todos os criminosos tinham acesso facilitado às armas e isso aumenta a letalidade. Esses jovens também deles participam de fóruns e grupos que disseminam ódio. E o alerta que fica é como esses discursos estão na superfície da internet e atingem crianças”.
Além das quatro mortes, outras cinco crianças ficaram feridas em Blumenau. As vítimas foram atingidas na região da cabeça. Após a ação, o criminoso se entregou no Batalhão da Polícia Militar. O suspeito tem passagens na polícia por porte de drogas, lesão e dano, segundo a Polícia Civil.
A Central de Notícias da Rádio CIVICA BRASILEIRA é uma iniciativa do Projeto A História dos Blocos Carnavalescos. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.
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